quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Pequena Catilinária em defesa da Riofilme Ameaçada

Estamos discutindo o destino da Riofilme.
Estamos falando de muito pouco dinheiro para o que a indústria de
cinema requer e a longo prazo. Estamos discutindo o futuro da
Riofilme, uma pequena distribuidora com custeio superdimensionado como
todo elefante branco estatal mas com imenso potencial de bem servir às
suas finalidades.
Técnicamente, insisto, o edital é muito falho não só em relação às
taxas cobradas quanto aos critérios de desempate que dão a impressão de
afunilar numa empresa só que reune todas as condições de obter a
pontuação máxima. Já tinha observado isso e repassei para algumas
pessoas. Um jovem economista observou os mesmos problemas. Aguardo
parecer de gente mais experiente.
O Rio sediará a Copa e as olimpíadas e o potencial de mercado que vai
gerar para o audiovisual é imenso e a curto prazo (quatro anos para
uma indústria não é nada -- é o tempo que muita gente passa catando
dinheiro para um longa).
O cinema de mercado hoje está muito bem servido, graças a D'us, com
fartura de produtoras e distribuidoras prá ninguém botar defeito. Qual
é o papel do Estado, no caso, o município, neste latifúndio?
Qual a vocação da Riofilme, uma distribuidora pequenininha, abandonada
logo ali nas Laarnjeiras? Ulimamente tem sido a Geni da Cultura
Carioca. Reformamos as casas casadas, O que faz ali, um museu, um
centro comunitário, uma videoteca? Joga ali a tia Geni. Tira ela da
Cinelândia que tá caro e coloca nas laranjeiras ( e aí jogam a
"titia"numa casa enorme e semi abandonada e de custeio caro).
Que filmes lançar, grana não tem? E a;i fica tudo muito caro, muito
indigente. Shazam! Chega o Capitão Marvel e propõe a privatizaçãp
disfarçada. E nós aceitamos.
O Rio de Janeiro ficará sem mecanismos de incentivo ao cinema cultural, ao cinema
experimental, ao cinema de vanguarda, formador de público e linguagem?
Sou nascido e criado no Rio, quero fazer cinema aqui e
sei que minha cidade tem a vocação para a arte. Tenho toda minha
formação Cultural feita na Cinemateca e no bar do MAM, no Paissandú,
no Lamas (do largo do Machado), no Varanda , no Degrau, na PUC.
A indústria vai bem, obrigado. Ajudemos a Riofime encontrar sua
verdadeira vocação.
Repito: Vem aí olimpíadas, Copa e a Riofilme pode
ser um agente fundamental na mobilização das boas energias artístico e
culturais de jovens artistas e velhos sonhadores como eu.
Beijos
Silvio
Deixemos o mercado para quem entende do assunto

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